quinta-feira, 7 de julho de 2011

As descobertas de São Paulo

Domingo passado, toda a Igreja celebrou a memória daqueles que um dia derramaram seu sangue em favor da Igreja e do povo de Deus. E com isso consequêntemente houve muitas libertações pelo sacrfício da vida de Pedro, o guardião das chaves da Igreja de Deus, e de São Paulo, aquele que um dia fora perseguidor do Cristo, no qual pela sua grandiosa conversão realiza ainda hoje grandes frutos de conversão na vida da Igreja.

Em Atos dos Apóstolos, por meio da conversão de São Paulo houve muitos frutos importantes na vida da Igreja.
O apóstolo dos gentios, em sua época, via que estava surgindo uma nova "seita, o cristianismo" que ia contra a religião judaica da qual ele era embaixador. Porque, para os judeus, acreditavam que o ser humano era o salvador de si mesmo por meio de suas boas obras, mas esta "seita" por sua vez, afirmava que a salvação só era obtida por meio de Jesus Cristo, porque Ele é o Salvador. Por isso Paulo queria destruir os cristãos de qualquer forma, a uma certa altura dos acontecimento, ele obteve dos sumos sacerdotes uma carta de recomendação para aprisionar todos os cristãos que ele encontrasse pelo caminho.

E olha que interessante, antes de serem chamados de "cristãos" eles eram chamados de os "seguidores do caminho" e interessante é que os seguidores de Jesus são chamados a percorrer no mundo o novo caminho, o caminho do seguimento d'Ele.
Mas quando o apóstolo está se aproximando de Damasco, Jesus aparece para ele, não com um aspecto humano, mas como uma luz resplandecente.

Nesse caminho para Damasco São Paulo faz três descobertas importantes:

Primeira descoberta: Paulo descobriu a originalidade de Nosso Senhor Jesus Cristo. Ele descobriu que Jesus era diferente de todos os profetas e fundadores de religião, porque todas eles estavam mortos e encerrados no passado; ele descobriu que este Jesus está vivo e Ressuscitado em meio a nós.

Segunda descoberta: Paulo também descobriu a originalidade da Igreja, a Igreja é uma comunidade viva, uma comunidade de graça e salvação. Ela forma uma totalidade, mais tarde ela a chamará de "Corpo Místico de Cristo". Logo, perseguir a Igreja é perseguir o próprio Cristo.

E a terceira descoberta: A Igreja é universal e espiritual. A sua conversão não é obra humana, mas sim obra da graça de Deus. Nossa vocação é obra divina, é um chamado de Deus. O Senhor nos chamou para sermos apóstolos de Cristo. Paulo se encontrou com Jesus a caminho de Damasco e nós podemos encontrar o Senhor todos os dias na Eucaristia.

Jesus Cristo mesmo nos diz: "Minha carne é verdadeira comida e meu sangue verdade bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu Sangue permanece em mim e Eu nele. Quem come a minha carne e bebe o meu Sangue terá a vida eterna".

"O Corpo alimentado pela Eucaristia está destinado de um modo mais profundo à ressurreição" (São Justino).

Quando os judeus ouviram este realismo a respeito da Eucaristia eles voltaram atrás no seguimento de Jesus. E essa crise que foi gerada também no coração dos discípulos de Jesus, quando Ele afirmou: "A minha carne é verdadeira comida e o meu sangue verdadeira bebida" e muitos deles voltaram atrás, mas Cristo não voltou atrás e lhes perguntou: "E vocês não querem também voltar atrás?" E São Pedro afirmou: "A quem iremos, Senhor, só tu tens palavras de vida eterna!"

Pedro compreendeu que as palavras de Jesus não eram meramente humanas, mas eram cheias do Espírito Santo. A Eucaristia é, sobretudo, um sacramento por meio do qual Cristo permanece conosco. A Eucaristia é o Emanuel é o Deus conosco. Já afirmava o Beato João Paulo II, em sua encíclica: "A Igreja da Eucaristia": "A Eucaristia é o supremo bem da Igreja". 

A Eucaristia é o sacramento pascal por excelência, ela nos sustenta para que possamos amar o outro até o extremo, como fez Jesus Cristo na cruz.
 

Secretaria de Comunicação do GO São Miguel Arcanjo

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